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10 de nov. de 2008

É NECESSÁRIO SENTIR-SE ÚTIL

 
Em um aprazível riacho, vivia um casal de salamandras muito querido na cidade, pois tratava todos com muito amor e delicadeza. O pai era um grande homem robusto com um bom emprego. A mãe, dona de casa, tinha dois filhos, e estava grávida, quase que em tempo de parir. Toda a expectativa em volta desse novo filho era normal (até certo ponto), porque o que eles desejavam, na verdade, era ter uma filha rica em beleza e em saúde.
No final da tarde de um ensolarado domingo, aconteceu o parto. Segundo a doutora cegonha, foi muito complicado, pois ainda havia uma menina para nascer depois de duas horas de cirurgia. Com toda sua experiência, pensou que não tinha mais nada para fazer. Na certa, iria nascer morta. Porém, a graça de Deus veio e abundou todo aquele hospital e ela nasceu com vida e saúde. Não se sabe se foi por inexperiência ou por pouco caso, mas as enfermeiras pegaram-na de qualquer jeito e, por infelicidade do destino, não perceberam que lhe faltava uma perna.
Somente em casa, essa marca da sorte, ou da impossibilidade, foi descoberta. Por isso, a decepção e o constrangimento eram sentimentos que escorriam pelos olhos do casal. E, sem demora, a notícia se espalhou pela vizinhança.
Movido pela compaixão, o castor foi visitar a recém-chegada.
– Que graça é esta menina! – o bom castor exclamou.
O casal achou que ele estava debochando. Como poderia alguém achar graça em uma menina defeituosa?
Contudo, logo explicou por que isso estava acontecendo:
– Meus amigos, a deficiência não é uma vergonha. Deus vos escolheu para cuidar dessa menina, porque se tivesse escolhido outro casal, talvez, ela não tivesse o amor e a atenção necessários para o crescimento – continuou.
Irresoluto, porém, procurando entender tudo, o pai concordou e agradeceu a visita deste velho sábio.
E foi após esse encontro que a casa voltou a ser feliz. Todos brincavam e riam sem se lembrar de que a pequena salamandra era especial.
Com o passar dos anos, cada irmão foi ficando responsável por algo. Um pela limpeza da cozinha, outro, pela dos quartos e, sem nenhuma diferença, a pequena respondia pelas roupas.
Sem demora, tornou-se o orgulho da família; as roupas cheiravam amor e limpeza. Todos a elogiavam, o que servia como um estímulo para ela se dedicar mais à sua obrigação.
Algum tempo depois, bem na hora dos primeiros raios do sol começarem a cortar o céu, um grito de alegria ou de pavor, não se sabe ao certo, na casa se ouviu. Correndo com o coração na mão, o pai e a mãe foram ver o que se sucedia. Era a filha que estava em frente ao espelho onde viu uma pequenina perna nascendo. É de conhecimento popular que as salamandras são dotadas de um alto poder de regeneração. Todavia, ninguém se lembrava.
Em um curto período de tempo, ela ficou perfeita, saudável e muito, muito feliz. Isso aconteceu porque ela não deixou de fazer sua obrigação, o que lhe dava forças para lutar e para vencer.
Por fim, toda essa experiência deixou marcas apenas na memória dos familiares, pois, na dela, tudo ocorreu normalmente. E o importante é que ela compreendeu que, para que a caminhada não seja muito árdua, ser útil é o melhor remédio.
Contribuição: Vinicius Tomazinho
Blog: http://eaeducacao.blogspot.com/index.html

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"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

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FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT