ACOMPANHE ESSE BLOG DE PERTO!

27 de dez. de 2010

VISÃO SUBNORMAL – PERGUNTAS E RESPOSTAS

• Como determinar a porcentagem da visão?

A VISÃO é uma soma de várias funções visuais: ACUIDADE VISUAL, CAMPO VISUAL, VISÃO CROMÁTICA (visão para cores), ESTEREOPSIA (percepção de profundidade) e outras. Quando se falava em porcentagem de visão, a referência era com relação a agudeza visual que é o exame clássico de ver letras ou desenhos a uma determinada distância. Dependendo da patologia, a pessoa portadora de visão subnormal pode ter uma baixa acuidade visual e se tiver um campo visual reduzido, terá dificuldade na de ambulação. Por isso não é possível que considerem a primeiro exemplo como uma porcentagem baixa de visão e o segundo com uma porcentagem alta.

• Faz mal ver televisão de perto?

Não há nenhuma prova científica que possa afirmar que a emissão de raios catódicos pela TV possa trazer algum dano ao globo ocular. É comum este tipo de queixa com crianças no atendimento oftalmológico no dia a dia e na maioria das vezes não se encontra nenhuma patologia. Além da indicação do exame oftalmológico, é bom ressaltar a importância de que nos casos de visão subnormal, a magnificação obtida pela pouca distância faz a diferença para ver melhor e serve como ESTIMULAÇÃO VISUAL quando necessário. Apesar dos palpites de que faz mal, não há contra-indicação para ver TELEVISÃO de perto.

• A partir de que idade, a pessoa que tenha algum problema visual, deverá ser submetida a uma avaliação de Visão Subnormal?

Desde o nascimento. Nasceu de um recém nato prematuro, ou que tenha tido algum sofrimento no parto (ver GRAVIDEZ), ou que haja a constatação de algum dano ocular por infecção ou outra causa, deverá ser submetido após a avaliação oftalmológica e avaliação de visão Subnormal. No caso de um recém nato ou uma criança de baixa idade, poderá ser indicada a ESTIMULAÇÃO VISUAL precoce.

• Com que visão deve-se procurar atendimento de Visão Subnormal?

Se após a avaliação oftalmológica, a VISÃO com a melhor correção ótica (ÓCULOS, LENTE DE CONTATO) não puder melhorar com algum tratamento clínico ou cirúrgico e se isso impedir a pessoa de fazer uma determinada atividade, considera-se que a funcionalidade de Visão está diminuída e neste caso há a indicação de fazer a avaliação de Visão Subnormal para determinar a possibilidade de algum RECURSO ÓTICO a ser utilizado.

• Um portador de Retinose Pigmentar teria algum recurso de Visão Subnormal que lhe permitisse dirigir?

A RETINOSE PIGMENTAR leva a uma diminuição progressiva do CAMPO VISUAL. Dependendo do acometimento do campo visual, e no momento não se dispõe de RECURSO ÓTICO que possa aumentá-lo para permitir a prática de direção, pois a mesma exige um campo visual amplo.

• Uma criança que apresenta lesão de mácula, pois a mãe na gravidez contraiu Toxoplasmose. Teria algum tipo de tratamento para ela?

A TOXOPLASMOSE congênita (ver GRAVIDEZ) quando acomete só a MÁCULA, produz uma cicatriz, que impede a VISÃO CENTRAL (ver ESQUEMA) que é responsável pela visão de detalhes (leitura, etc....). Até o momento não se dispõe de um tratamento para remover cicatriz e substituí-la por tecido saudável. Esta condição costuma ser estável e permita uma boa funcionalidade de visão. Nestes casos a Visão Subnormal poderá ajudá-lo a ter uma qualidade de Visão funcional melhor.

• Caso um idoso apresente baixa de visão recente por ter contraído degeneração macular senil há indicação para Visão Subnormal?

A DEGENERAÇÃO MACULAR (ver MÁCULA) relacionada a idade é a maior causa de deficiência visual adquirida no mundo, em pessoas acima de 60 anos. Dependendo do tipo (com ou sem neovascularização subretiniana) e da área atingida, os RECURSOS ÓTICOS de visão subnormal podem ser úteis para uma melhor performance visual.

• A avaliação de Visão Subnormal está indicada para pacientes com Diabetes?

A Visão Subnormal está indicada para qualquer caso em que a pessoa não consiga uma boa funcionalidade de visão com os recursos óticos convencionais (ÓCULOS, LENTE DE CONTATO). Faz-se necessário a avaliação oftalmológica e o tratamento indicado. No caso de DIABETES, a pessoa deverá manter um bom controle clínico e ter avaliação constante de Retinopatia Diabética (ver RETINA). Uma vez definido e controlado o estágio de patologia de base, a pessoa estará apta para a avaliação de Visão Subnormal.

• Os recursos de Visão Subnormal são raros?

Alguns sim, outros não. Atualmente dispõe-se de alguns RECURSOS fabricados no Brasil. Alguns dos recursos importados são mais acessíveis hoje do que há alguns anos atrás. O mais importante é que o paciente seja avaliado e junto com a prescrição dos recursos, independente de eles serem adquiridos ou não, serão feitas as recomendações para otimizar a funcionalidade da visão independente de recursos.

• A Visão Subnormal se baseia somente na prescrição de lentes especiais?

Não. Pode se dispor de RECURSOS ÓTICOS, não óticos, tecnológicos e não visuais. A uma pessoa que tenha dificuldade de deambular por apresentar um CAMPO VISUAL reduzido, poderia ser sugerido “Orientação e Mobilidade” que permitirá autonomia na deambulação. O uso de boné e protetores laterais no caso de pessoas albinas, diminui o desconforto com a luz. Outras orientações como reforçar o contraste, sentar próximo ao quadro, xerox ampliada também não dependem de recursos óticos.



FONTE: http://www.ibc.gov.br/?itemid=124

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

"Muitas mudanças ocorreram nos últimos vinte anos, quando teve início a prática da Baixa Visão em nosso país. O oftalmologista brasileiro, porém, ainda não se conscientizou da responsabilidade que lhe cabe ao determinar se o paciente deve ou não receber um tratamento específico nessa área. Infelizmente, a grande maioria dos pacientes atendidos e tratados permanece sem orientação, convivendo, por muitos anos com uma condição de cegueira desnecessária." (VEITZMAN, 2000, p.3)

.
.

NÃO ESQUEÇA!....

NÃO ESQUEÇA!....

FONTES PARA PESQUISA

  • A VIDA DO BEBÊ - DR. RINALDO DE LAMARE
  • COLEÇÃO DE MANUAIS BÁSICOS CBO - CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA
  • DIDÁTICA: UMA HISTÓRIA REFLEXIVA -PROFª ANGÉLICA RUSSO
  • EDUCAÇÃO INFANTIL: Estratégias o Orientação Pedagógica para Educação de Crianças com Necessidades Educativas Visuais - MARILDA M. G. BRUNO
  • REVISTA BENJAMIN CONSTANT - INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT